'Lincoln', filme de Steven Spielberg - análise astrológica e outros comentários cinematográficos

27 de fevereiro de 2013 · 13 comentários




INFORMAÇÃO AO LEITOR
Quem, por qualquer motivo, estiver interessado apenas
na análise astrológica, pode ir directo até à parte final deste artigo
e iniciar a leitura onde diz, isso mesmo: 'Análise astrológica'.

Para os estudantes de astrologia:
Para além da astrologia, introduzi no texto dezenas de links,
de âmbito histórico ou cinematográfico, para permitir que possa ser
um objecto de estudo aprofundado.


«Lincoln» é uma adaptação do livro biográfico «Team of Rivals: The Political Genius of Abraham Lincoln», de Doris Kearns Goodwin, mas em vez de retratar toda a vida do presidente norte-americano Abraham Lincoln [PT - em português] centra-se apenas nos seus últimos quatro meses de vida, nomeadamente na abolição da escravatura e no fim da Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão. A votação renhida na Câmara dos Representantes pela 13ª Emenda [PT], que ilegaliza a escravatura, é um dos pontos centrais do filme.

Site do filme, aqui.
O filme da Wikipedia, aqui.
O filme no IMBD, aqui.
O filme no Facebook, aqui.

Começo já por afirmar, para não criar equívocos, que gostei moderadamente do filme, apesar de ter uma admiração especial por Steven Spielberg. Não creio que seja um filme fantástico, e nem me seduziu ao ponto de poder afirmar que é um  dos filme da minha vida, como por exemplo, posso afirmar de boca cheia em relação ao notabilíssimo «A Cor Púrpura». Longe disso. Não é, tal como «Amistad» não foi. Assim como  «As Aventuras de Tim Tim» também não o foi. E muitos outros, como a «Guerra dos Mundos», por exemplo. São filmes bem feitos, competentes, com bom ofício, mas longe do fulgor intenso de outros filmes, antigos ou mais recentes. Estes filmes mais recentes são tão 'sérios' que roçam quase o aborrecimento. Apesar disso, estes filmes são fontes de ingressos de bilheteira multi-milionários, por serem de quem são e «Lincoln» não fugirá à regra. Será um filme mais apreciado dentro do território americano, do que a nível global. Apesar de ter sido um mau sintoma que nos Oscar 2013, de 12 candidaturas só tenha conquistado duas estatuetas. Isto deve querer dizer qualquer coisa. Foi pensado para ser um filme para encantar o americano. E reúne condições para isso. É um filme próprio de uma presidência como a de Obama. Com dois temas fascinantes - a abolição da escravatura, e como consequência, a Guerra Civil Americana,  o filme reunia condições para ser uma obra dinâmica, mas perdeu-se algures na discussão política e de costumes da época.

Já que mencionei alguns filmes de Steven Spielberg  é fundamental recordar-me de outras obras que amei: «Tubarão», «Encontros Imediatos de 3º Grau», «1941», o «ET», claro, a série de Indiana Jones, mas também um grande, enorme filme, uma autêntica obra de arte, a todos os níves: «A Cor Púrpura» [The Purple Colour]. Sem esquecer belos filmes como «O Império do Sol», «O Resgate do Soldado Ryan», «Jurassik Park» e o fabuloso «A Lista de Schindler». Isto, para lembrar apenas alguns em que ele foi o realizador / director. Se olhássemos para a sua obra como produtor, esta lista triplicaria.


O filme, das 12 candidaturas aos Oscar, ficou-se apenas 
como o ganhador de duas estatuetas, por isso foi considerado
grande perdedor dos Oscar 2013.


Daniel Day-Lewis [Londres, 29 Abril 1957], [«Meu Pé Esqerdo» e «Haverá Sangue»] já tinha ganho dois Oscars, e conquistou o 3º Oscar de Melhor Actor com «Lincoln», proeza que o colocou na categoria de triplo vencedor ao lado de Ingrid Bergman, Walter Brennan, Jack Nicholson e Meryl Streep. Katharine Hepburn é a recordista com quatro prémios. Nunca é demais realçar que 'estatísticas' não fazem 'arte'. Há muitíssimos bons actores que nunca receberam nenhum Oscar. A vantagem para o actor é a subida vertiginosa nos seus cachets futuros.

Com Sally Field [6 Novembro 1946 - 4h23 - Pasadena, California, USA], [«Norma Rae» e «Um Lugar no Coração»] passava-se o mesmo. Já tinha 2 Oscar e se tivesse ganho a sua candidatura com «Lincoln», ficaria no restrito panteão da glória dos ganhadores de 3 estatuetas.

Steven Spielberg já foi nomeado sete vezes na categoria de melhor realizador e venceu por duas vezes. Se tivesse ganho o terceiro Oscar igualaria Frank Capra e William Wyler. John Ford continua a ser o mais premiado com quatro Oscar nesta categoria.




Steven Spielberg

Na foto, à direita, Steven Spielberg na companhia de Daniel Day-Lewis
[Londres, 29 Abril 1957] o actor britânico que interpreta o papel de
Abraham Lincoln
Steven Spielberg
18 Dezembro 1946
18:16
Cincinnati, Ohio, USA
[Standard time, 5h West time zone]
39 N 09'43''   84 W 27'25''

Sol em Sagitário, Lua em Escorpião e Ascendente em Caranguejo.

Mapa natal de Steven Spielberg.
Clicar para aumentar e ver melhor.

Abraham Lincoln
[ver Wikipedia]

Retrato de Abraham Lincoln, de 1858.
Abraham Lincoln
12 Fevereiro 1809
6:54
Hodgenville, Kentucky, USA
[Local mean time]
37 N 34'26''   85 W 44'24''

Foi o 16º Presidente dos Estados Unidos, de Março de 1861,
até ao dia em que foi assassinado, a 15 de Abril de 1865.

Mapa natal de Abraham Lincoln,
Clicar para aumentar e ver melhor.


Época real que é retratada no filme:
Washington, de Dezembro 1864 a 15 Abril 1865
38 N 53'42''   77 W 02'12''
[Local mean time]


Estreia mundial do filme


Na foto, da esquerda para a direita: a actriz Sally Field, o guionista Tony Kushner, o director/produtor  Steven Spielberg,  o actor Daniel Day-Lewis, a produtora Kathleen Kennedy e a autora do livro Doris Kearns Goodwin na estreia oficial do filme «Lincoln», no Grauman's Chinese Theatre, a 8 Novembro 2012, em Hollywood. Produção e distribuição de: DreamWorks II Distribution Co., LLC e Twentieth Century Fox Film Corporation. (Foto by Eric Charbonneau/WireImage)

8 Novembro 2012 - 20h30
Hollywood, California, USA
34 N 05'54''   118 W 19'33''


Cerimónia de atribuição do Oscar em 2013



85ª cerimónia do Oscar
Academia de Artes e Ciências Cinematográficas
(Academy of Motion Pictures Arts and Sciences - AMPAS)
 No Dolby Theatre
(antigo Kodak Theatre)

24 Fevereiro 2013 - 19h00
[a red carpet começou às 17h00]
Los Angeles, California, USA
34 N 03'08''   118 W 14'34'


Acima: vários prémios conquistados pelo filme, até aos Oscares 2013.


Diálogo numa cena do filme:

- "Mrs. Lincoln." Tommy Lee Jones como Thaddeus Stevens.
- "Madam President, if you please." Sally Field como Mary Todd Lincoln.


Análise astrológica

«Lincoln», filme de Steven Spielberg - análise astrológica



Análise da vitória de Daniel Day-Lewis 

Antes de avançar com o filme propriamente dito, e já que Daniel Day-Lewis ganhou a estatueta de Melhor Actor no Oscar 2013, vou escrever aqui algumas linhas sobre a conjuntura astrológica do actor.

Daniel Day-Lewis nasceu em Londres, 29 Abril 1957, não se sabe a hora de nascimento, por isso não se podem analisar as Casas dos seus mapas. No início da cerimónia [24 Fev 2013 - 19h00 - Los Angeles] a Lua dos Oscars, magnífica em Leão, a exigir reconhecimento, palco e um enorme holofote apontado para o actor, fazia uma magnífica conjunção ao Plutão do actor, a dar-lhe um poder imenso, obtido no final da cerimónia com os mais de 3.000 presentes a aplaudirem de pé e as televisões a transmitirem para mais de 1 bilião de pessoas em todo o mundo.

Senhores professores de astrologia, para explicarem a Lua em Leão, nada como usarem este exemplo na vida de Daniel Day-Lewis. A mesma Lua fazia um excelente trígono à Lua natal do actor, em Touro [ele emocionou-se muito] e um sextil a Marte em Gémeos [energia bem conduzida]. Júpiter, o expansivo, em Gémeos, fazia um semi-sextil ao Sol em Touro, a reforçar aquela magnífica Lua. A terminar, apenas para realçar que o Plutão dos Oscares, em Capricórnio fazia dois trígono, um ao Sol do actor,  e outro a Vénus, ambos em Touro a conferir poder e encantamento, forçando Saturno a comportar-se muito bem, apesar de alguns aspectos mais dissonantes.

«Lincoln», o filme

«Lincoln» tenta retratar os últimos quatro meses de vida do presidente americano Abraham Lincoln [PT - em português]  nomeadamente na abolição da escravatura e no fim da Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão  A votação renhida na Câmara dos Representantes pela 13ª Emenda [PT]  que ilegaliza a escravatura, é um dos pontos centrais do filme.

É uma obra muito bem contada, mas que lhe falta a 'mão fulgurante' de Spielberg, mostrando-nos apenas a sua enorme capacidade no ofício cinematográfico. Começo já por afirmar que gostei moderadamente do filme. No entanto, não creio que seja um filme fantástico, e não me seduziu ao ponto de poder afirmar que é um dos filmes da minha vida. Não é, não.

Fiquei surpreendido na longa noite dos Oscares 2013 [para quem vive na Europa, é uma longa noite] ao constatar que o filme «Lincoln» de Steven Spielberg, candidato a 12 estatuetas, terminou o evento como o grande perdedor da noite, com apenas 2 estatuetas. Fiquei surpreendido, de facto, porque não olhei para a relação entre o mapa de Steven Spielberg e o mapa do evento em si, os Oscares 2013. Se o tivesse feito, teria percebido que as coisas não iriam correr bem para o cineasta. Mas fiei-me na fama do director e, sobretudo no personagem central da obra: o 16º Presidente da América, Abraham Lincoln, que é uma figura fascinante. Aqui foi óbvio que a minha condição de cinéfilo foi superior à minha curiosidade astrológica. O que fiz depois, poderia ter feito antes: relacionar os dois mapas. É a aprendizagem de se viver em harmonia.

Os 2 prémios atribuídos ao filme foram um para Daniel Day-Lewis com o Oscar de Melhor Actor e um prémio técnico, para 'Production Designer - Direcção de Arte' [Rick Carter e Jim Erickson], bem merecido, por sinal. As premiações anteriores ao Oscar, foram todas para os actores: o Golden Globe, o Screen Actors Guild e o Critics Choice foram para Daniel Day-Lewis. Tommy Lee Jones também foi premiado pelo Screen Actors Guild, como Melhor Actor Codjuvante. O filme também é um sucesso comercial, tendo arrecadou até à data dos Oscares, mais de 244 milhões dólares em bilheteira. Imagine-se quando passar para DVD, downloads em tv por cabo ou passar nos canais generalistas de televisão. E, claro, toda a merchandising à volta do assunto.

O mapa dos Oscares 2013 [24 Fevereiro 2013 - 19h00 - Los Angeles, California - USA - 34 N 03'08''   118 W 14'34'] não estava nada favorável ao mapa de Spielber [18 Dezembro 1946 - 18:16 - Cincinnati, Ohio, USA - 39 N 09'43''   84 W 27'25''], que das duas uma, ou aprendeu uma lição de vida, ou ainda está a analisar o que lhe aconteceu. Bom, isto para uma criatura comum poderia ser ficar na penúria, não é o caso para Spielberg, que continuará a ver as suas receitas a entrarem com regularidade. Apenas o ego foi abalado.

Se analisarmos o Saturno do mapa dos Oscares e o que está a fazer ao mapa de Stevem Spielberg é caso para dizermos que um problema nunca vem só. Vejamos: esse Saturno faz uma semi-quadratura ao Sol de Spielberg [simplificando: a abanar o ego], a afastar-se de uma forte conjunção à Lua [uma enorme dor de alma], uma quadratura a Saturno [mas então quem é que manda aqui?] e uma quadratura a Plutão [daqui não passas], muitos assuntos cármicos a serem resolvidos, eventualmente com o próprio Abraham Lincoln [especulando]. Também vai a caminho de uma conjunção com Júpiter, claramente a avisar que as coisas serão feitas como Cronos [Saturno] entende e não da forma grandiosa de Zeus [Júpiter]. Mas temos o Plutão do evento a fazer uma quadratura a Neptuno de Steven Spielberg, dizendo-lhe que não era hora de sonhar; bem mais eficaz era a oposição que Plutão fazia ao Ascendente do cineasta, a paralisar o que estivesse em andamento. Esta é uma breve leitura e não tenho espaço para mais.

É difícil escapar ao peso histórico do tema do filme, fazendo que não haja espaço para fugir ao peso dos acontecimentos conhecidos. «Lincoln» não foge a esta regra, apesar do notável esforço feito pelo actor Daniel Day-Lewis, para tornar este personagem mais humano, mais multidimensional, na sua qualidade de 16º Presidente do EUA, que ainda por cima conseguiu abolir a escravidão e terminar a Guerra Civil, tendo sido assassinado semanas depois.

Esta é a parte central da minha visão: Parece que Spielberg, sempre que se afasta do humano e se aproxima das instituições, fica tolhido nos seus movimentos e criatividade. Tive curiosidade em verificar se isso consta do seu mapa natal ou se era apenas a minha visão crítica do seu trabalho cinematográfico.

Steven Spilberg [18 Dezembro 1946 - 18:16 - Cincinnati, Ohio, USA - 39 N 09'43''   84 W 27'25''] é um sagitariano, com a Lua em Escorpião e o Ascendente em Câncer. Como podemos perceber no mapa natal de Spielberg esta situação de perder alguma naturalidade e espontaneidade perante as 'instituições', para além daquilo que é óbvio: o homem em si, hoje em dia e aos 66 anos é ele próprio uma enorme instituição no meio cinematográfico mundial.

Desde cedo  Spilberg encontrou o seu ideal [Peixes e Neptuno] que no seu mapa encontra-se na  10ª Casa, a da carreira profissional e do reconhecimento social. Isso é inegável, claro. Não se equivocou, pois sempre soube o que queria fazer como seu ideal íntimo e pessoal: queria trabalhar com «imagens em movimento», ser director e produtor cinematográfico, escrever guiões e histórias para o cinema, dirigir actores. É um caso de sucesso. Como sabem, Peixes tem dois regentes: Júpiter e Neptuno.

Júpiter [o planeta das leis, do que é divino, o expansivo], na sua dupla qualidade de co-regente do seu ideal [Peixes] e regente do seu signo solar tem enorme importância neste mapa. Encontra-se na 5ª Casa, em Escorpião, numa conjunção próxima ao segundo benfeitor do zodíaco, Vénus. Ambos fazem uma quadratura difícil com o dispositor deles, Plutão [regente de Escorpião], que está dominante em Leão, ao lado de Saturno. Plutão é o representante das grandes organizações e instituições. Esta quadratura de Júpiter/Vénus a Plutão é uma das causadoras do constrangimento de Spielberg, nos seus filmes, por instituições, no caso deste filme, da Presidência dos EUA, mesmo numa história que tem cerca de 150 anos.

Mas não podemos ficar por aqui, pois o outro planeta dispositor de Júpiter/Vénus, por ser co-regente de Escorpião, é Marte, que está em Capricórnio, na 6ª Casa. Dá para dizer 'junta-se a fome com a vontade de comer', mas como nada é por acaso, fazem uma semi-quadratura entre si, com uma conjunção entre Marte e o Sol sagitariano de Spielberg.

O outro planeta que rege o ideal de Spielberg é Neptuno, encontra-se em Balança /Libra. O dispositor de Neptuno é Vénus, que já foi analisado no parágrafo anterior, enquanto que o próprio Neptuno está bem enlaçado com Plutão, num belo sextil, dando força à noção interna de 'instituição', de alguma maneira diluindo o poder de Plutão, solvendo e dando a Spielberg, uma noção imprecisa do que é o poder. É muito curioso, vindo de um dos homens mais poderosos da indústria cinematográfica mundial.

Apesar de se passar durante um período de guerra, o foco principal do filme não é guerra. Sem mostrar muitas batalhas, Steven Spielberg focou-se na luta de Abraham Lincoln para conseguir um resultado positivo na votação da 13º Emenda constitucional, que possibilitaria a abolição da escravatura no país. Em uma época sangrenta, Lincoln acreditou que resolvendo a questão da abolição, que era um dos motivos da guerra, bons ventos tomariam o país e a guerra civil acabaria. Foi um facto. Nada pacífico, mas concretizou-se a visão deste político de grande categoria. O que me surpreende, ainda hoje, é saber que Lincoln foi o 1º presidente republicano. É o que dá ter no mapa natal um forte posicionamento de Aquário. Às tantas é um preconceito meu pensar que um republicano, naquela época, não seria favorável à abolição da escravatura. Ou, influenciado pelo filme. Quem sabe?

O grande senhor deste filme, apesar de morto e enterrado é o próprio Abraham Lincoln. O 16º Presidente americano Abraham Lincoln [12 Fevereiro 1809 - 6:54 - Hodgenville, Kentucky, USA - 37 N 34'26''   85 W 44'24''] é aquariano e tem a Lua em Capricórnio e o Ascendente, também em Aquário.

Pensei para comigo: 'António, o homem já desencarnou vai para 150 anos e tu queres analisar os trânsitos dele na cerimónia do Oscar 2013?'. Pois sim, foi isso mesmo que eu fiz. Não foi o Abraham Lincoln quem perdeu na noite dos Oscares. Foi Spielberg quem perdeu, pois esta figura que foi Lincoln só ganhou a favor da humanidade: aboliu a escravatura na América e com isso fez acabar a Guerra Civil Americana, unindo o Norte e o Sul e todos os estados e criando aquilo que hoje se conhece como Estados Unidos da América, tendo sido, de facto, o 1º presidente desta federação de estados, onde a democracia jogou um papel importante.

Muito rapidamente sobre o mapa de Abraham Lincoln: um homem que tem no mapa natal, na sua 1ª Casa, o Sol em Aquário, Mercúrio, Plutão e Júpiter em Peixes e, mais afastada Vénus em Carneiro [Plutão ainda não era conhecido dos astrólogos, mas estava lá, certo, amigos?] recebia em trânsito do mapa dos Oscares apenas isto, em fila indiana, tudo na sua 1ª Casa: Vénus em Aquário, Neptuno, Sol, Quíron, Parte da Fortuna, Marte e Mercúrio em Peixes e Úrano em Carneiro a fazer uma bela conjunção àquela Vénus de fogo natal. Que belo mapa para quem já não está entre nós vai para 150 anos. 

Obviamente, enquanto na vida real, Lincoln soube usar o seu Sol em Aquário, conjunto ao Ascendente para introduzir na vida pública americana os grandes pilares daquilo que é hoje como nação, no filme, Spielberg não teve essa ousadia. A coisa ficou-se por cenas muito bem feitas das inflamadas discussões entre os políticos. Muito Saturno e pouco Úrano/Aquário. É nisto que se percebe que Spielberg como que paralisa perante as instituições.

Spielberg deu mãos largas a Tony Kushner, roteirista do filme, apesar de ser uma celebridade da escrita, fez do guião uma obra meio insana, com muita conversa, muita palha e pouca uva. Que pena. As cenas de acção melhoraram substancialmente. Tony Kushner é um grande dramaturgo com numerosas obras publicadas e representadas, com vários livros em livraria, mas ainda com uma modesta contribuição para o cinema. No entanto, o que havia feito até à data era digno de registo. O resto é mãozinha de Spielberg, que tem a máxima que os seus filmes valem pela  imagem e não pelo texto. E tem sido verdade na maioria dos seus filmes mais humanos. Quando ele entra na política, perde-se e o texto prevalece sobre a imagem, com muitos diálogos, que neste caso são cansativos e podiam ter sido reduzidos para metade que se entenderia perfeitamente a dinâmica do século dezanove, onde os preconceitos raciais eram mais que muitos. 

Quando ouvi falar no filme, muito tempo antes de o ter visto, tive a ideia de analisar a compatibilidade dos mapas de Abraham Lincoln e Steven Spielberg. Essa ideia manteve-se até hoje e até cheguei a pensar em fazer um mapa conjunto, pois lembrei-me do frenesim que foi em 2010, quando se realizou o Congresso de Astrologia em Portugal, em que andava meio mundo muito animados a fazer mapas compostos com o do congresso. Fiquemo-nos pelas compatibilidades e deixemos de lado os mapas compostos. E sem qualquer problema da minha parte, incluo no mapa de Lincoln os planetas Úrano, Neptuno, Plutão e Quíron.

O Sol sagitariano de Spielberg faz uma semi-quadratura ao Úrano escorpiónico de Lincoln. Como poderia este filme ser aquariano? Muito dificilmente conseguiria isso. Esse mesmo Sol faz outra semi-quadratura ao Quíron do presidente, não permitindo que se expressasse em plenitude. O semi-sextil que faz à Lua capricorniana de Lincoln, faz acentuar o peso saturnino no filme.

O Úrano de Lincoln é bastante bombardeado pelo mapa de Spielberg. Assim: a semi-quadratura do Sol, já mencionada atrás; conjunções da Lua e de Quíron; quadraturas de Saturno e Plutão. Para este Úrano poder respirar debaixo da vontade de Spielberg, apenas tem o sonho, com um semi-sextil de Neptuno.

Esse sonho foi procurado por Spielberg, mas não encontrou fundamentos. Como disse mais atrás, o cineasta tem bom ofício, muita qualidade e muito dinheiro para produzir, podendo pagar aos melhores técnicos, conseguindo um filme escorreito e cheio de boa vontade, mas que os membros da Academia [dos Oscares] apesar de sentirem que Abraham Lincoln é um «bem» nacional, também sabem que «Lincoln» não era um 'papabile', não era um vencedor.

Com tanto peso de Saturno é caso para nos interrogarmos, à distância: terão este dois homens uma história cármica conjunta? Não façam muito caso, porque sou eu a especular. Mas que a dúvida ficou instalada em mim, lá isso ficou.

Esta foi a minha primeira experiência ao fazer uma análise astrológica de um filme. Muito agradecido.


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Oscar 2013 - reportagem de assuntos diversos

25 de fevereiro de 2013 · 7 comentários


O cast completo de «Les Miserables» apresentou-se completo no palco dos
Oscar 2013 para interpretar uma das canções do filme, inserido na homenagem
aos filmes musicais. Acima e em baixo.



Faye Dunaway e as suas luvas amarelas no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.



Kelly Rowland no red carpet dos Oscar 2013,
tanto mais que foi uma das 'hosts' da ABC
para entrevistar as celebridades presentes na cerimónia.


Marisa Tomei no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.


Halle Berry, vencedora em 2001, no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.



Reece Witherspoon  no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.



Hilary Swank no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.



Maria Menounos vestida por Romona Keveza,
fotografada no jardim de sua casa, antes de seguir para os Oscar.



 Kelly Osbourne, George Kotsiopoulos e Guilliana Rancic,
apresentadores do canal «E!» a postos para entrevistarem as celebridades.



A comediante do momento, Melissa McCarthy e o seu
marido Ben Falcone no red carpet dos Oscar 2013.
Está penteada, maquilhada e vestida aos anos 70, propositadamente.


Ben Afflek e a sua mulher Jennifer Garner [pais de 3]
ainda na red carpet, horas antes de saber que viria a ser
o grande vencedor da noite, com o seu filme «Argo», ganhando
o prémio de Melhor Filme. Infelizmente, a academia não o nomeou
para a categoria de Melhor Director / Realizador. Nunca se saberá
porquê, apesar de se comentar que é devido à sua idade, pois ainda não fez 40
anos e é um homem muito bem sucedido.
Apesar da mãe de Ben ter vindo a Los Angeles
para tomar conta das netas nestas 2 semanas
muito movimentadas, o casal retirou-se cedo,
após uma breve passagem obrigatória pela
festa da Vanity Fair.


Ban Affleck na compahia dos seus produtores-investidores
George Clooney e Grant Heslov do filme «Argo»,
todos com a estatueta nas mãos, muito felizes e acompanhados do grande
Jack Nicholson, um dos grandes vencedores de edições passadas.


Ben Affleck, já como o grande vencedor da noite, depois de todas as fotos terem sido
tiradas, foi ao bar interno do Dolby Theatre para tomar um martini, que bem merece,
pois foi uma noite bem recheada de emoções. Aproveitou a ocasião para enviar um twitter de agradecimento a todos os colaboradores.



Catherine Zeta-Jones a caminho do palco para cantar e dançar
um número musical do filme «Chicago» que comemoro 10 anos de produção.




O melhor actor destes Oscar, Daniel Day-Lewis, ainda com a estatueta nas mãos
[é a 3ª que recebe] na companhia da sua grande amiga e grande dama do cinema
Meryl Streep, à conversa com uma amiga produtora.


Anne Hathaway e Jennifer Lawrence, ambas com as preciosas estatuetas recém recebidas, a conversarem muito animadas. Quem diria que a senhora da direita tem apenas 22 anos e já conquistou o Oscar de melhor actriz?


Foto dos grandes vencedores. Da esquerda para a direita:
Daniel Day Lewis, melhor actor
Jeniffer Lawrence, melhor actriz
Anne Hathaway, melhor actriz secundária
Christoff Waltz, melhor actor secundário


Adele, feliz vencedora da melhor canção original, na companhia da
compatriota Catherine Zeta-Jone e ao fundo o companheiro de trabalho da cantora.


O grande espalhanço de Jeniffer Lawrence, ao subir a escadaria
para receber o seu prémio de melhor actriz, com apenas 22 anos.
É o que dá não ter prática de usarem estes vestidos enormes e sapatos
que as coitadas nem se conseguem equilibrar.
 Isto. se tem acontecido com uma actriz de 60 anos,
dava direito a uma ida ao hospital.
Como foi com uma jovem, 2 minutos depois o
assunto estava esquecido.


Daniel Day-Lewis em 2013 no palco do Dolby Theatre, a receber a
ovação dos assistentes, todos de pé, pelo seu 3º Oscar.
Toda uma proeza que só alguns detêm no seu currículo.
Daniel Day-Lewis ao receber este terceiro Oscar
coloca-o na categoria de triplos vencedores ao lado de
Ingrid Bergman, Walter Brennan, Jack Nicholson e Meryl Streep.
 Katharine Hepburn é a recordista com quatro prémios.
Apenas 5 pessoas vivas detêm 3 prémios de Melhor Actor ou Actriz.
Fantástica proeza. Parabéns.


Em 1990 quando recebeu o seu primeiro Oscar por «Meu Pé Esquerdo»


Em 2007 quando recebeu o seu 2º Oscar por «Haverá Sangue».


Daniel Day-Lewis, muito emocionado, ao receber das mãos de Meryl Steep
o prémio de Melhor Actor, com o filme «Lincoln». Meryl Streep é uma das 5 pessoas
que também receberam por 3 vezes esta estatueta.
Estão ambos no mesmo panteão da glória. O cachet deve ter subido uma barbaridade. Merece.


Meryl Streep e Daniel Day-Lewis ao sairem do palco do Dolby Theatre.


Ainda sentado na primeira fila, Daniel Day-Lewis deu um beijo apaixonado
à sua mulher Rebecca Miller, ao ouvir Meryl Streep a anunciar o seu nome
como o grande vencedor da noite, da parte artística, claro. Está casado com
Rebecca Miller desde 1996. Isso mesmo: 17 anos de casados.
Toda uma enorme proeza neste meio tão pouco consistente com os afectos.
Rebecca Miler é filha do dramaturgo Arthur Miller e o casal tem 2 filhos:
o Ronan (1998) e o Cashel (2002). O actor tem um filho mais velho,
o Gabriel, nascido em 1995 (hoje, com 18 anos) de uma relação prolongada
com a actriz francesa Isabelle Adjani, com quem não se chegou a casar.


O casal Daniel Day-Lewis e Rebecca Miller, ainda na
fase do red carpet, antes de terem entrado no Dolby Theatre e sair de lá
como um magnífico vencedor.


Já se tornou uma tradição a festa dada por Elton Jones na noite dos
Oscares em Hollywood. Ter muito dinheiro e dar festas destas
não tem qualquer problema, tanto mais que ele conseguiu
transformar uma coisa tão fútil num evento de solidariedade.
A verdade é que ainda não consegui saber que instituição
está a ser apoiada este ano. mas o que chamou a atenção foi a
presença do filho de Elton Jones e do seu marido David Furnish, o bebé Zachary.
Que estará a pensar Bono ao ver um bebé numa festa destas?


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Oscar 2013 - os vencedores

· 6 comentários



MELHOR FILME

Vencedor



«Argo»

O Óscar para melhor filme foi anunciado por Michelle Obama, que se juntou à cerimónia de Los Angeles a partir de Washington, num vídeo gravado. Amor ganhou como melhor filme estrangeiro. A 85.ª edição terminou sem um vencedor destacado, mas um derrotado claríssimo: 'Lincoln'.

«Argo» não foi nomeado para melhor realizador mas conquistou a estatueta mais desejada da noite, a de melhor filme. Depois de ter conquistado os Globos de Ouro, «Argo» triunfou e teve direito a anúncio da primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.

“Nunca pensei estar aqui”, disse o realizador, produtor e actor de «Argo»  “É uma honra estar aqui e ser nomeado com estes filmes. São oito grandes filmes e têm tanto direito a estar aqui como nós”, continuou Ben Affleck, agradecendo ainda à sua mulher, a actriz Jennifer Garner.

«Argo», filme sobre a crise dos reféns norte-americanos no Irão, estava nomeado em sete categorias e conquistou três prémios. Além de melhor filme, «Argo»  venceu o Óscar de melhor argumento adaptado e melhor montagem.

Nomeados




«Lincoln»


«Amor»


«A Vida de Pi»



«Beasts of the Southern Wild»



«Guia para um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


«00h30: Hora Negra » [«Zero Dark Thirty»]


«Django Libertado»


«Os Miseráveis»



O grande vencedor da noite foi, sem dúvida o apresentador Seth MacFarlane:
divertido, boa dicção [percebi tudo], falou para todo o mundo, sem americanismos cerrados,
jovial, elegante no trato e na forma, oportuno nas 'jokes', soube sempre manter-se
digno, mas descontraído e, para minha surpresa sabe cantar muito bem, sem desafinar.
Percebe-se facilmente que deve estar muito habituado a fazer 'standup comedy'.

Fui à procura de mais informações sobre ele:
Seth Woodbury MacFarlane é um actor, dublador, animador, roteirista/guionista, comediante, produtor, director e cantor estadunidense. Ele é mais conhecido por ser o criador da série de animação 'Family Guy', além de ser o co-criador dos programas de animação 'American Dad'.


O anfitrião da noite dos Óscares não perdeu tempo a captar a atenção de todas as estrelas presentes no Dolby Theatre. No habitual monólogo inicial da gala de Hollywood, o estreante Seth MacFarlane «gelou» a sala com um tema dedicado às atrizes que mostraram os seus seios no cinema.

«We Saw Your Boobs» («Nós Vimos As Vossas Mamas», numa tradução literal) teve reacção negativa de muitas das nomeadas no tema musical que, em plena gala, franziram o sobrolho à letra da música. Franziram o sobrolho mas esqueceram-se de olhar para os seus muito atrevidos decotes. Vi alguns sorrisos, o de Naomi Watts e o de Jennifer Lawrence.

Durante o monólogo de abertura da cerimónia dos Óscares, o actor William Shatner, faz de capitão Kirk («Star Trek»), surgiu num ecrã gigante a avisá-lo que Seth MacFarlane seria, por certo, candidato a pior apresentador dos Óscares com a sua prestação. Mas com o tema dedicado às atrizes de Hollywood que mostraram mais do que talento interpretativo, a noite estava já ganha para o apresentador.

Como sempre, a chamada crítica especializada, bateu em Seth MacFarlane, não por causa da canção das mamas, mas sim porque teve intervenções esporádicas. É inacreditável e um enorme descaramento considerar isso erro do apresentador, como se não houvesse um guião que tem que ser seguido ao milímetro e como se a quase centena de estrelas que passaram pelo palco para apresentarem os prémios não tivessem ocupado a maior fatia do tempo.

 Esta imprensa que foi de imediato seguida por alguma imprensa brasileira [exemplo máximo: Yahaoo], tem literalmente a vontade de destruir, pois devem pensar que assim é que captam leitores. São jornalistas e 'medias' tipo prima-donnas tontas e desactualizadas. Os organizadores e planificadores muito fazem para manterem viva uma cerimónia, já de si repetitiva, em um espectáculo relativamente que dura 3 horas e meia. E este ano, a cerimónia captou a atenção da faixa etária dos jovens que nos últimos anos se afastaram.

O «Oscar 2013» ficará marcado por esta piada às mamas.
Vivemos num mundo hipócrita: podemos ver os filmes onde grandes actrizes mostram as
suas mamas e considerar que são momentos de arte cinemotagráfica, mas...
falar publicamente dessas mesmas mamas, é de mau tom. Vá-se lá saber porquê.



MELHOR REALIZADOR / DIRETOR

Vencedor



«A Vida de Pi» - Ang Lee


A Vida de Pi, adaptação do best-seller de Yann Martel sobre o único sobrevivente de um naufrágio em alto mar, valeu a Ang Lee o Óscar de melhor realizador. Este é assim o segundo Óscar que o realizador recebe depois de em 2006 ter conquistado a Academia com O Segredo de Brokeback Mountain. Jane Fonda e Michael Douglas entregaram o Óscar.

“Obrigado por terem acreditado na história e por partilharem esta aventura comigo”, assim agradeceu o realizador.

Para trás ficaram Steven Spielberg (Lincoln), Michael Haneke (Amor), Benh Zeitlin (Bestas do Sul Selvagem) e David O. Russel (Guia Para Um Final Feliz).


Nomeados

«Amor» - Michael Haneke
«Lincoln» - Steven Spielberg
«Beasts of the Southern Wild» - Benh Zeitlin
«Guia Para Um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»] - David O. Russell





MELHOR ACTOR PRINCIPAL

Vencedor


Daniel Day-Lewis - «Lincoln»

Daniel Day-Lewis venceu o Óscar de melhor actor pelo seu papel em Lincoln. Depois do Globo de Ouro, o BAFTA, o sindicato de actores, os círculos de críticos, o Óscar. O actor que conquistou todos os prémios que antecedem os Óscares confirmou assim todas as apostas que o apontavam como o grande favorito deste ano.

Daniel Day-Lewis [Londres, 29 Abril 1957], ["Meu Pé Esqerdo" e "Haverá Sangue"] já tinha ganho dois Oscars e ao vencer este terceiro Oscar coloca-se na categoria dos raros triplos vencedores ao lado de Ingrid BergmanWalter BrennanJack Nicholson e Meryl StreepKatharine Hepburn é a recordista com quatro prémios.

Nomeados



Bradley Cooper - «Guia para um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


Joaquin Phoenix - «O Mentor» [«The Master»]


Denzel Washington - «Flight»


Hugh Jackman - «Os Miseráveis»


MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO

Vencedor


Cristoph Waltz - «Django Libertado»


Christoph Waltz, ou Dr. Schulz em Django Libertado, venceu o Óscar de melhor actor secundário. Esta é assim a segunda estatueta do austríaco, depois de já em 2010 ter sido premiado na mesma categoria também com um filme de Quentin Tarantino, Sacanas Sem Lei.

Não me esquecerei tão cedo como este elegante austríaco começou os seus agradecimentos: «Mr Arkin, Mr DeNiro, Mr Hoffman, Mr Lee Jones, my respect.» olhando para cada um e fazendo uma vénia no final. Apeteceu-me aplaudir esta velha Europa que, quando quer, sabe estar. Mas como estava só em frente à televisão, apenas fiz um sorriso rasgado.

O actor, que se destacou pelo seu papel no western spaghetti que conta a história de um escravo libertado em busca de vingança nos Estados Unidos do pós-Guerra Civil, já tinha sido premiado nos Globos de Ouro e nos BAFTA. Waltz era por isso apontado como o grande favorito, confirmando as apostas para a primeira estatueta entregue pela Academia.

Visivelmente emocionado, o actor agradeceu a Tarantino e ao seu colega de aventura, Jamie Foxx. "Tu escalaste a montanha porque não tiveste medo", disse Waltz a Tarantino.

Nomeados nesta categoria estavam Alan Arkin (Argo), Robert de Niro (Guia Para Um Final Feliz), Philip Seymour Hoffman (O Mentor) e Tommy Lee Jones (Lincoln).



Nomeados


Philip Seymour Hoffman - «O Mentor» [«The Master»]


Robert DeNiro - «Guia Para Um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


Alan Arkin - «Argo»


Tommy Lee Jones - «Lincoln»


MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL

Vencedor


Jennifer Lawrence - «Guia para um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


"Isto é uma loucura", disse Jennifer Lawrence quando subiu ao palco do Dolby Theatre, neste domingo à noite, dia 24 Fevereiro 2013. E muitos terão pensado o mesmo quando ouviram o nome da jovem actriz de 22 anos ser anunciado como a vencedora do Óscar para melhor actriz, batendo a francesa – e aniversariante – Emmanuelle Riva.

A protagonista de Amor celebra neste domingo 86 anos e muitos esperavam que Hollywood coroasse o singular percurso que Emmanuelle Riva fez com o filme de Michael Haneke, mas sobretudo as seis décadas de trabalho da actriz. Mas não foi o que aconteceu.

A ninfomaníaca em recuperação que Jennifer Lawrence desempenhou em Guia para Um Final Feliz, de David O. Russell, acabou por valer à jovem actriz a estatueta dourada. Jennifer Lawrence deixou para trás Jessica Chastain (00h30: A Hora Negra), Quvenzhané Wallis (Bestas do Sul Selvagem) e Naomi Watts (O Impossível).

Este é o primeiro Óscar de Jennifer Lawrence – que no passado trabalhou em Os Jogos da Fome, X-Men: O Início ou Despojos de Inverno –, que, depois de cair a subir ao palco, deu os parabéns a Emmanuelle Riva nos agradecimentos.

A partir de hoje o cachet desta jovem dispara de uns moderados milhão e meio de dólares para uns estonteantes oito a dez milhões de dólares. Carreira feita, se tiver juízo e bons conselheiros.

Nomeados



Jessica Chastain - «00h30: Hora Negra» [«Zero Dark Thirty»]


Naomi Watts - «The Impossible»


Emmanuelle Riva - «Amor» [nos seus brilhantes 85 anos]


Quvenzhané Wallis - «Beasts of the Southern Wild»


MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA

Vencedor


Anne Hathaway - «Os Miseráveis»

A actriz de Os Miseráveis venceu o Óscar de melhor actriz secundária. Anne Hathaway já tinha vencido o Globo de Ouro na mesma categoria. À segunda nomeação para os prémios da Academia, a actriz vence a estatueta. Hathaway foi nomeada pela primeira vez em 2008, na categoria de melhor actriz, pelo seu papel em O Casamento de Rachel.

Christopher Plummer, que no ano passado venceu o Óscar de melhor actor secundário, foi quem entregou a estatueta à actriz.

“Tornou-se real.” Foram as primeiras palavras de Anne Hathaway, de 30 anos, ao receber o Óscar, mostrando-se honrada por estar nomeada ao lado de Amy Adams (O Mentor), Sally Field (Lincoln), Helen Junt (Seis Sessões) e Jacki Weaver (Guia Para Um Final Feliz).

Em Os Miseráveis  a adaptação musical de Tom Hooper do clássico de Victor Hugo, Anne Hathaway é Fantine, uma mãe solteira despedida injustamente da fábrica de Jean Valjean (Hugh Jackman) e que acaba marginalizada.

Além do Globo de Ouro, a actriz conquistou grande parte da crítica, tendo arrecado o prémio de melhor actriz secundária nos principais círculos, de Nova Iorque a Los Angeles, Las Vegas, Denver, Londres ou Toronto. O sindicato de actores norte-americanos também premiou Hathaway na mesma categoria, assim como os britânicos BAFTA.


Nomeados


Amy Adams - «O Mentor» [«The Master»]


Sally Field - «Lincoln»


Helen Hunt - «The Sessions»


Jacki Weaver - «Guia para um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


MELHOR FOTOGRAFIA

Vencedor

«A Vida de Pi» - Claudio Miranda

Nomeados
«Anna Karenina» - Seamus McGarvey
«Django Libertado» - Robert Richardson
«Lincoln» - Janusz Kaminski
«Skyfall» - Roger Deakins


MELHOR GUARDA-ROUPA

Vencedor

«Anna Karenina» - Jacqueline Durran

Nomeados

«Os Miseráveis» - Paco Delgado
«Lincoln» - Joanna Johnston
«Mirror Mirror» - Eiko Ishioka
«A Branca de Neve e o Caçador» - Colleen Atwood


MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Vencedor




«Amor», Austria



Depois de conquistar a crítica e os prémios que antecedem os Óscares, a longa-metragem do austríaco Michael Haneke recebeu o Óscar de melhor filme estrangeiro.

Amor, que se estreou no ano passado em Cannes, onde venceu a Palma de Ouro, retrata a vida de um casal na terceira idade, que se vê obrigado a mudar de vida depois de Anne (Emmanuelle Riva) sofrer um acidente cardiovascular.

Ao receber o Óscar, Haneke agradeceu à equipa, à mulher e aos actores do filme. “Sem eles nunca estaria aqui”, disse o realizador, que ainda na sexta-feira brilhou na entrega dos prémios César, considerados os Óscares do cinema francês, ao vencer nas principais categorias.

Amor está nomeado em cinco categorias, incluindo a de melhor filme. Michael Haneke pode conquistar a estatueta de melhor realizador.




Nomeados


«Kon-Tiki», Noruega


«No», Chile


«A Royal Affair», Dinamarca


«War Witch», Canadá


MELHOR MÚSICA [canção original]

Vencedor


«Skyfall», do filme «Skyfall», música e letra de Adele Adkins e Paul Epworth

Nomeados

«Before My Time», «Chasing Ice», música e letra de J. Ralph
«Everybody Needs A Best Friend», «Ted», música de Walter Murphy letra de Seth MacFarlane
«Pi's Lullaby», «A Vida de Pi», música de Mychael Dannae letra de Bombay Jayashri
«Suddenly», «Os Miseráveis», música de Claude-Michel Schönberg e letra de Herbert Kretzmer e Alain Boublil


MELHOR BANDA SONORA

Vencedor

«A Vida de Pi»

Nomeados

«Anna Karenina»
«Argo»
«Lincoln»
«Skyfall»


MELHOR FOTOGRAFIA

Vencedor

«A vida de Pi»

Nomeados

«Anna Karenina»
«Django Libertado»
«A vida de Pi»
«Lincoln»
«Skyfall»

MELHOR PRODUÇÃO ARTÍSTICA

Vencedor

«Lincoln»

Nomeados

«Anna Karenina»
«O Hobbit: Uma Viagem Inesperada»
«Os Miseráveis»
«A Vida de Pi»
«Lincoln»


MELHORES EFEITOS ESPECIAIS

Vencedor

«A Vida de Pi»

Nomeados

«Hobbit - Uma Viagem Inesquecível»
«Os Vingadores»
«Prometheus»
«A Branca de Neve e o Caçador»


FOTOS DAS CELEBRIDADES 
PRESENTES NO RED CARPET DOS OSCAR 2013
QUE FUNCIONARAM COMO 'HOSTS' EM
REPRESENTAÇÃO DA ABC, A ESTAÇÃO DE TELEVISÃO
TRANSMISSORA MUNDIAL DO EVENTO.

Kelly Rowland 
Zoe Saldana
Octavia Spencer

Robin Roberts, pivô do Good Morning America

27 de fevereiro de 2013

'Lincoln', filme de Steven Spielberg - análise astrológica e outros comentários cinematográficos




INFORMAÇÃO AO LEITOR
Quem, por qualquer motivo, estiver interessado apenas
na análise astrológica, pode ir directo até à parte final deste artigo
e iniciar a leitura onde diz, isso mesmo: 'Análise astrológica'.

Para os estudantes de astrologia:
Para além da astrologia, introduzi no texto dezenas de links,
de âmbito histórico ou cinematográfico, para permitir que possa ser
um objecto de estudo aprofundado.


«Lincoln» é uma adaptação do livro biográfico «Team of Rivals: The Political Genius of Abraham Lincoln», de Doris Kearns Goodwin, mas em vez de retratar toda a vida do presidente norte-americano Abraham Lincoln [PT - em português] centra-se apenas nos seus últimos quatro meses de vida, nomeadamente na abolição da escravatura e no fim da Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão. A votação renhida na Câmara dos Representantes pela 13ª Emenda [PT], que ilegaliza a escravatura, é um dos pontos centrais do filme.

Site do filme, aqui.
O filme da Wikipedia, aqui.
O filme no IMBD, aqui.
O filme no Facebook, aqui.

Começo já por afirmar, para não criar equívocos, que gostei moderadamente do filme, apesar de ter uma admiração especial por Steven Spielberg. Não creio que seja um filme fantástico, e nem me seduziu ao ponto de poder afirmar que é um  dos filme da minha vida, como por exemplo, posso afirmar de boca cheia em relação ao notabilíssimo «A Cor Púrpura». Longe disso. Não é, tal como «Amistad» não foi. Assim como  «As Aventuras de Tim Tim» também não o foi. E muitos outros, como a «Guerra dos Mundos», por exemplo. São filmes bem feitos, competentes, com bom ofício, mas longe do fulgor intenso de outros filmes, antigos ou mais recentes. Estes filmes mais recentes são tão 'sérios' que roçam quase o aborrecimento. Apesar disso, estes filmes são fontes de ingressos de bilheteira multi-milionários, por serem de quem são e «Lincoln» não fugirá à regra. Será um filme mais apreciado dentro do território americano, do que a nível global. Apesar de ter sido um mau sintoma que nos Oscar 2013, de 12 candidaturas só tenha conquistado duas estatuetas. Isto deve querer dizer qualquer coisa. Foi pensado para ser um filme para encantar o americano. E reúne condições para isso. É um filme próprio de uma presidência como a de Obama. Com dois temas fascinantes - a abolição da escravatura, e como consequência, a Guerra Civil Americana,  o filme reunia condições para ser uma obra dinâmica, mas perdeu-se algures na discussão política e de costumes da época.

Já que mencionei alguns filmes de Steven Spielberg  é fundamental recordar-me de outras obras que amei: «Tubarão», «Encontros Imediatos de 3º Grau», «1941», o «ET», claro, a série de Indiana Jones, mas também um grande, enorme filme, uma autêntica obra de arte, a todos os níves: «A Cor Púrpura» [The Purple Colour]. Sem esquecer belos filmes como «O Império do Sol», «O Resgate do Soldado Ryan», «Jurassik Park» e o fabuloso «A Lista de Schindler». Isto, para lembrar apenas alguns em que ele foi o realizador / director. Se olhássemos para a sua obra como produtor, esta lista triplicaria.


O filme, das 12 candidaturas aos Oscar, ficou-se apenas 
como o ganhador de duas estatuetas, por isso foi considerado
grande perdedor dos Oscar 2013.


Daniel Day-Lewis [Londres, 29 Abril 1957], [«Meu Pé Esqerdo» e «Haverá Sangue»] já tinha ganho dois Oscars, e conquistou o 3º Oscar de Melhor Actor com «Lincoln», proeza que o colocou na categoria de triplo vencedor ao lado de Ingrid Bergman, Walter Brennan, Jack Nicholson e Meryl Streep. Katharine Hepburn é a recordista com quatro prémios. Nunca é demais realçar que 'estatísticas' não fazem 'arte'. Há muitíssimos bons actores que nunca receberam nenhum Oscar. A vantagem para o actor é a subida vertiginosa nos seus cachets futuros.

Com Sally Field [6 Novembro 1946 - 4h23 - Pasadena, California, USA], [«Norma Rae» e «Um Lugar no Coração»] passava-se o mesmo. Já tinha 2 Oscar e se tivesse ganho a sua candidatura com «Lincoln», ficaria no restrito panteão da glória dos ganhadores de 3 estatuetas.

Steven Spielberg já foi nomeado sete vezes na categoria de melhor realizador e venceu por duas vezes. Se tivesse ganho o terceiro Oscar igualaria Frank Capra e William Wyler. John Ford continua a ser o mais premiado com quatro Oscar nesta categoria.




Steven Spielberg

Na foto, à direita, Steven Spielberg na companhia de Daniel Day-Lewis
[Londres, 29 Abril 1957] o actor britânico que interpreta o papel de
Abraham Lincoln
Steven Spielberg
18 Dezembro 1946
18:16
Cincinnati, Ohio, USA
[Standard time, 5h West time zone]
39 N 09'43''   84 W 27'25''

Sol em Sagitário, Lua em Escorpião e Ascendente em Caranguejo.

Mapa natal de Steven Spielberg.
Clicar para aumentar e ver melhor.

Abraham Lincoln
[ver Wikipedia]

Retrato de Abraham Lincoln, de 1858.
Abraham Lincoln
12 Fevereiro 1809
6:54
Hodgenville, Kentucky, USA
[Local mean time]
37 N 34'26''   85 W 44'24''

Foi o 16º Presidente dos Estados Unidos, de Março de 1861,
até ao dia em que foi assassinado, a 15 de Abril de 1865.

Mapa natal de Abraham Lincoln,
Clicar para aumentar e ver melhor.


Época real que é retratada no filme:
Washington, de Dezembro 1864 a 15 Abril 1865
38 N 53'42''   77 W 02'12''
[Local mean time]


Estreia mundial do filme


Na foto, da esquerda para a direita: a actriz Sally Field, o guionista Tony Kushner, o director/produtor  Steven Spielberg,  o actor Daniel Day-Lewis, a produtora Kathleen Kennedy e a autora do livro Doris Kearns Goodwin na estreia oficial do filme «Lincoln», no Grauman's Chinese Theatre, a 8 Novembro 2012, em Hollywood. Produção e distribuição de: DreamWorks II Distribution Co., LLC e Twentieth Century Fox Film Corporation. (Foto by Eric Charbonneau/WireImage)

8 Novembro 2012 - 20h30
Hollywood, California, USA
34 N 05'54''   118 W 19'33''


Cerimónia de atribuição do Oscar em 2013



85ª cerimónia do Oscar
Academia de Artes e Ciências Cinematográficas
(Academy of Motion Pictures Arts and Sciences - AMPAS)
 No Dolby Theatre
(antigo Kodak Theatre)

24 Fevereiro 2013 - 19h00
[a red carpet começou às 17h00]
Los Angeles, California, USA
34 N 03'08''   118 W 14'34'


Acima: vários prémios conquistados pelo filme, até aos Oscares 2013.


Diálogo numa cena do filme:

- "Mrs. Lincoln." Tommy Lee Jones como Thaddeus Stevens.
- "Madam President, if you please." Sally Field como Mary Todd Lincoln.


Análise astrológica

«Lincoln», filme de Steven Spielberg - análise astrológica



Análise da vitória de Daniel Day-Lewis 

Antes de avançar com o filme propriamente dito, e já que Daniel Day-Lewis ganhou a estatueta de Melhor Actor no Oscar 2013, vou escrever aqui algumas linhas sobre a conjuntura astrológica do actor.

Daniel Day-Lewis nasceu em Londres, 29 Abril 1957, não se sabe a hora de nascimento, por isso não se podem analisar as Casas dos seus mapas. No início da cerimónia [24 Fev 2013 - 19h00 - Los Angeles] a Lua dos Oscars, magnífica em Leão, a exigir reconhecimento, palco e um enorme holofote apontado para o actor, fazia uma magnífica conjunção ao Plutão do actor, a dar-lhe um poder imenso, obtido no final da cerimónia com os mais de 3.000 presentes a aplaudirem de pé e as televisões a transmitirem para mais de 1 bilião de pessoas em todo o mundo.

Senhores professores de astrologia, para explicarem a Lua em Leão, nada como usarem este exemplo na vida de Daniel Day-Lewis. A mesma Lua fazia um excelente trígono à Lua natal do actor, em Touro [ele emocionou-se muito] e um sextil a Marte em Gémeos [energia bem conduzida]. Júpiter, o expansivo, em Gémeos, fazia um semi-sextil ao Sol em Touro, a reforçar aquela magnífica Lua. A terminar, apenas para realçar que o Plutão dos Oscares, em Capricórnio fazia dois trígono, um ao Sol do actor,  e outro a Vénus, ambos em Touro a conferir poder e encantamento, forçando Saturno a comportar-se muito bem, apesar de alguns aspectos mais dissonantes.

«Lincoln», o filme

«Lincoln» tenta retratar os últimos quatro meses de vida do presidente americano Abraham Lincoln [PT - em português]  nomeadamente na abolição da escravatura e no fim da Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão  A votação renhida na Câmara dos Representantes pela 13ª Emenda [PT]  que ilegaliza a escravatura, é um dos pontos centrais do filme.

É uma obra muito bem contada, mas que lhe falta a 'mão fulgurante' de Spielberg, mostrando-nos apenas a sua enorme capacidade no ofício cinematográfico. Começo já por afirmar que gostei moderadamente do filme. No entanto, não creio que seja um filme fantástico, e não me seduziu ao ponto de poder afirmar que é um dos filmes da minha vida. Não é, não.

Fiquei surpreendido na longa noite dos Oscares 2013 [para quem vive na Europa, é uma longa noite] ao constatar que o filme «Lincoln» de Steven Spielberg, candidato a 12 estatuetas, terminou o evento como o grande perdedor da noite, com apenas 2 estatuetas. Fiquei surpreendido, de facto, porque não olhei para a relação entre o mapa de Steven Spielberg e o mapa do evento em si, os Oscares 2013. Se o tivesse feito, teria percebido que as coisas não iriam correr bem para o cineasta. Mas fiei-me na fama do director e, sobretudo no personagem central da obra: o 16º Presidente da América, Abraham Lincoln, que é uma figura fascinante. Aqui foi óbvio que a minha condição de cinéfilo foi superior à minha curiosidade astrológica. O que fiz depois, poderia ter feito antes: relacionar os dois mapas. É a aprendizagem de se viver em harmonia.

Os 2 prémios atribuídos ao filme foram um para Daniel Day-Lewis com o Oscar de Melhor Actor e um prémio técnico, para 'Production Designer - Direcção de Arte' [Rick Carter e Jim Erickson], bem merecido, por sinal. As premiações anteriores ao Oscar, foram todas para os actores: o Golden Globe, o Screen Actors Guild e o Critics Choice foram para Daniel Day-Lewis. Tommy Lee Jones também foi premiado pelo Screen Actors Guild, como Melhor Actor Codjuvante. O filme também é um sucesso comercial, tendo arrecadou até à data dos Oscares, mais de 244 milhões dólares em bilheteira. Imagine-se quando passar para DVD, downloads em tv por cabo ou passar nos canais generalistas de televisão. E, claro, toda a merchandising à volta do assunto.

O mapa dos Oscares 2013 [24 Fevereiro 2013 - 19h00 - Los Angeles, California - USA - 34 N 03'08''   118 W 14'34'] não estava nada favorável ao mapa de Spielber [18 Dezembro 1946 - 18:16 - Cincinnati, Ohio, USA - 39 N 09'43''   84 W 27'25''], que das duas uma, ou aprendeu uma lição de vida, ou ainda está a analisar o que lhe aconteceu. Bom, isto para uma criatura comum poderia ser ficar na penúria, não é o caso para Spielberg, que continuará a ver as suas receitas a entrarem com regularidade. Apenas o ego foi abalado.

Se analisarmos o Saturno do mapa dos Oscares e o que está a fazer ao mapa de Stevem Spielberg é caso para dizermos que um problema nunca vem só. Vejamos: esse Saturno faz uma semi-quadratura ao Sol de Spielberg [simplificando: a abanar o ego], a afastar-se de uma forte conjunção à Lua [uma enorme dor de alma], uma quadratura a Saturno [mas então quem é que manda aqui?] e uma quadratura a Plutão [daqui não passas], muitos assuntos cármicos a serem resolvidos, eventualmente com o próprio Abraham Lincoln [especulando]. Também vai a caminho de uma conjunção com Júpiter, claramente a avisar que as coisas serão feitas como Cronos [Saturno] entende e não da forma grandiosa de Zeus [Júpiter]. Mas temos o Plutão do evento a fazer uma quadratura a Neptuno de Steven Spielberg, dizendo-lhe que não era hora de sonhar; bem mais eficaz era a oposição que Plutão fazia ao Ascendente do cineasta, a paralisar o que estivesse em andamento. Esta é uma breve leitura e não tenho espaço para mais.

É difícil escapar ao peso histórico do tema do filme, fazendo que não haja espaço para fugir ao peso dos acontecimentos conhecidos. «Lincoln» não foge a esta regra, apesar do notável esforço feito pelo actor Daniel Day-Lewis, para tornar este personagem mais humano, mais multidimensional, na sua qualidade de 16º Presidente do EUA, que ainda por cima conseguiu abolir a escravidão e terminar a Guerra Civil, tendo sido assassinado semanas depois.

Esta é a parte central da minha visão: Parece que Spielberg, sempre que se afasta do humano e se aproxima das instituições, fica tolhido nos seus movimentos e criatividade. Tive curiosidade em verificar se isso consta do seu mapa natal ou se era apenas a minha visão crítica do seu trabalho cinematográfico.

Steven Spilberg [18 Dezembro 1946 - 18:16 - Cincinnati, Ohio, USA - 39 N 09'43''   84 W 27'25''] é um sagitariano, com a Lua em Escorpião e o Ascendente em Câncer. Como podemos perceber no mapa natal de Spielberg esta situação de perder alguma naturalidade e espontaneidade perante as 'instituições', para além daquilo que é óbvio: o homem em si, hoje em dia e aos 66 anos é ele próprio uma enorme instituição no meio cinematográfico mundial.

Desde cedo  Spilberg encontrou o seu ideal [Peixes e Neptuno] que no seu mapa encontra-se na  10ª Casa, a da carreira profissional e do reconhecimento social. Isso é inegável, claro. Não se equivocou, pois sempre soube o que queria fazer como seu ideal íntimo e pessoal: queria trabalhar com «imagens em movimento», ser director e produtor cinematográfico, escrever guiões e histórias para o cinema, dirigir actores. É um caso de sucesso. Como sabem, Peixes tem dois regentes: Júpiter e Neptuno.

Júpiter [o planeta das leis, do que é divino, o expansivo], na sua dupla qualidade de co-regente do seu ideal [Peixes] e regente do seu signo solar tem enorme importância neste mapa. Encontra-se na 5ª Casa, em Escorpião, numa conjunção próxima ao segundo benfeitor do zodíaco, Vénus. Ambos fazem uma quadratura difícil com o dispositor deles, Plutão [regente de Escorpião], que está dominante em Leão, ao lado de Saturno. Plutão é o representante das grandes organizações e instituições. Esta quadratura de Júpiter/Vénus a Plutão é uma das causadoras do constrangimento de Spielberg, nos seus filmes, por instituições, no caso deste filme, da Presidência dos EUA, mesmo numa história que tem cerca de 150 anos.

Mas não podemos ficar por aqui, pois o outro planeta dispositor de Júpiter/Vénus, por ser co-regente de Escorpião, é Marte, que está em Capricórnio, na 6ª Casa. Dá para dizer 'junta-se a fome com a vontade de comer', mas como nada é por acaso, fazem uma semi-quadratura entre si, com uma conjunção entre Marte e o Sol sagitariano de Spielberg.

O outro planeta que rege o ideal de Spielberg é Neptuno, encontra-se em Balança /Libra. O dispositor de Neptuno é Vénus, que já foi analisado no parágrafo anterior, enquanto que o próprio Neptuno está bem enlaçado com Plutão, num belo sextil, dando força à noção interna de 'instituição', de alguma maneira diluindo o poder de Plutão, solvendo e dando a Spielberg, uma noção imprecisa do que é o poder. É muito curioso, vindo de um dos homens mais poderosos da indústria cinematográfica mundial.

Apesar de se passar durante um período de guerra, o foco principal do filme não é guerra. Sem mostrar muitas batalhas, Steven Spielberg focou-se na luta de Abraham Lincoln para conseguir um resultado positivo na votação da 13º Emenda constitucional, que possibilitaria a abolição da escravatura no país. Em uma época sangrenta, Lincoln acreditou que resolvendo a questão da abolição, que era um dos motivos da guerra, bons ventos tomariam o país e a guerra civil acabaria. Foi um facto. Nada pacífico, mas concretizou-se a visão deste político de grande categoria. O que me surpreende, ainda hoje, é saber que Lincoln foi o 1º presidente republicano. É o que dá ter no mapa natal um forte posicionamento de Aquário. Às tantas é um preconceito meu pensar que um republicano, naquela época, não seria favorável à abolição da escravatura. Ou, influenciado pelo filme. Quem sabe?

O grande senhor deste filme, apesar de morto e enterrado é o próprio Abraham Lincoln. O 16º Presidente americano Abraham Lincoln [12 Fevereiro 1809 - 6:54 - Hodgenville, Kentucky, USA - 37 N 34'26''   85 W 44'24''] é aquariano e tem a Lua em Capricórnio e o Ascendente, também em Aquário.

Pensei para comigo: 'António, o homem já desencarnou vai para 150 anos e tu queres analisar os trânsitos dele na cerimónia do Oscar 2013?'. Pois sim, foi isso mesmo que eu fiz. Não foi o Abraham Lincoln quem perdeu na noite dos Oscares. Foi Spielberg quem perdeu, pois esta figura que foi Lincoln só ganhou a favor da humanidade: aboliu a escravatura na América e com isso fez acabar a Guerra Civil Americana, unindo o Norte e o Sul e todos os estados e criando aquilo que hoje se conhece como Estados Unidos da América, tendo sido, de facto, o 1º presidente desta federação de estados, onde a democracia jogou um papel importante.

Muito rapidamente sobre o mapa de Abraham Lincoln: um homem que tem no mapa natal, na sua 1ª Casa, o Sol em Aquário, Mercúrio, Plutão e Júpiter em Peixes e, mais afastada Vénus em Carneiro [Plutão ainda não era conhecido dos astrólogos, mas estava lá, certo, amigos?] recebia em trânsito do mapa dos Oscares apenas isto, em fila indiana, tudo na sua 1ª Casa: Vénus em Aquário, Neptuno, Sol, Quíron, Parte da Fortuna, Marte e Mercúrio em Peixes e Úrano em Carneiro a fazer uma bela conjunção àquela Vénus de fogo natal. Que belo mapa para quem já não está entre nós vai para 150 anos. 

Obviamente, enquanto na vida real, Lincoln soube usar o seu Sol em Aquário, conjunto ao Ascendente para introduzir na vida pública americana os grandes pilares daquilo que é hoje como nação, no filme, Spielberg não teve essa ousadia. A coisa ficou-se por cenas muito bem feitas das inflamadas discussões entre os políticos. Muito Saturno e pouco Úrano/Aquário. É nisto que se percebe que Spielberg como que paralisa perante as instituições.

Spielberg deu mãos largas a Tony Kushner, roteirista do filme, apesar de ser uma celebridade da escrita, fez do guião uma obra meio insana, com muita conversa, muita palha e pouca uva. Que pena. As cenas de acção melhoraram substancialmente. Tony Kushner é um grande dramaturgo com numerosas obras publicadas e representadas, com vários livros em livraria, mas ainda com uma modesta contribuição para o cinema. No entanto, o que havia feito até à data era digno de registo. O resto é mãozinha de Spielberg, que tem a máxima que os seus filmes valem pela  imagem e não pelo texto. E tem sido verdade na maioria dos seus filmes mais humanos. Quando ele entra na política, perde-se e o texto prevalece sobre a imagem, com muitos diálogos, que neste caso são cansativos e podiam ter sido reduzidos para metade que se entenderia perfeitamente a dinâmica do século dezanove, onde os preconceitos raciais eram mais que muitos. 

Quando ouvi falar no filme, muito tempo antes de o ter visto, tive a ideia de analisar a compatibilidade dos mapas de Abraham Lincoln e Steven Spielberg. Essa ideia manteve-se até hoje e até cheguei a pensar em fazer um mapa conjunto, pois lembrei-me do frenesim que foi em 2010, quando se realizou o Congresso de Astrologia em Portugal, em que andava meio mundo muito animados a fazer mapas compostos com o do congresso. Fiquemo-nos pelas compatibilidades e deixemos de lado os mapas compostos. E sem qualquer problema da minha parte, incluo no mapa de Lincoln os planetas Úrano, Neptuno, Plutão e Quíron.

O Sol sagitariano de Spielberg faz uma semi-quadratura ao Úrano escorpiónico de Lincoln. Como poderia este filme ser aquariano? Muito dificilmente conseguiria isso. Esse mesmo Sol faz outra semi-quadratura ao Quíron do presidente, não permitindo que se expressasse em plenitude. O semi-sextil que faz à Lua capricorniana de Lincoln, faz acentuar o peso saturnino no filme.

O Úrano de Lincoln é bastante bombardeado pelo mapa de Spielberg. Assim: a semi-quadratura do Sol, já mencionada atrás; conjunções da Lua e de Quíron; quadraturas de Saturno e Plutão. Para este Úrano poder respirar debaixo da vontade de Spielberg, apenas tem o sonho, com um semi-sextil de Neptuno.

Esse sonho foi procurado por Spielberg, mas não encontrou fundamentos. Como disse mais atrás, o cineasta tem bom ofício, muita qualidade e muito dinheiro para produzir, podendo pagar aos melhores técnicos, conseguindo um filme escorreito e cheio de boa vontade, mas que os membros da Academia [dos Oscares] apesar de sentirem que Abraham Lincoln é um «bem» nacional, também sabem que «Lincoln» não era um 'papabile', não era um vencedor.

Com tanto peso de Saturno é caso para nos interrogarmos, à distância: terão este dois homens uma história cármica conjunta? Não façam muito caso, porque sou eu a especular. Mas que a dúvida ficou instalada em mim, lá isso ficou.

Esta foi a minha primeira experiência ao fazer uma análise astrológica de um filme. Muito agradecido.


.

25 de fevereiro de 2013

Oscar 2013 - reportagem de assuntos diversos


O cast completo de «Les Miserables» apresentou-se completo no palco dos
Oscar 2013 para interpretar uma das canções do filme, inserido na homenagem
aos filmes musicais. Acima e em baixo.



Faye Dunaway e as suas luvas amarelas no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.



Kelly Rowland no red carpet dos Oscar 2013,
tanto mais que foi uma das 'hosts' da ABC
para entrevistar as celebridades presentes na cerimónia.


Marisa Tomei no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.


Halle Berry, vencedora em 2001, no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.



Reece Witherspoon  no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.



Hilary Swank no party da «Vanity Fair»,
a festa mais famosa de Hollywood no dia dos Oscar.



Maria Menounos vestida por Romona Keveza,
fotografada no jardim de sua casa, antes de seguir para os Oscar.



 Kelly Osbourne, George Kotsiopoulos e Guilliana Rancic,
apresentadores do canal «E!» a postos para entrevistarem as celebridades.



A comediante do momento, Melissa McCarthy e o seu
marido Ben Falcone no red carpet dos Oscar 2013.
Está penteada, maquilhada e vestida aos anos 70, propositadamente.


Ben Afflek e a sua mulher Jennifer Garner [pais de 3]
ainda na red carpet, horas antes de saber que viria a ser
o grande vencedor da noite, com o seu filme «Argo», ganhando
o prémio de Melhor Filme. Infelizmente, a academia não o nomeou
para a categoria de Melhor Director / Realizador. Nunca se saberá
porquê, apesar de se comentar que é devido à sua idade, pois ainda não fez 40
anos e é um homem muito bem sucedido.
Apesar da mãe de Ben ter vindo a Los Angeles
para tomar conta das netas nestas 2 semanas
muito movimentadas, o casal retirou-se cedo,
após uma breve passagem obrigatória pela
festa da Vanity Fair.


Ban Affleck na compahia dos seus produtores-investidores
George Clooney e Grant Heslov do filme «Argo»,
todos com a estatueta nas mãos, muito felizes e acompanhados do grande
Jack Nicholson, um dos grandes vencedores de edições passadas.


Ben Affleck, já como o grande vencedor da noite, depois de todas as fotos terem sido
tiradas, foi ao bar interno do Dolby Theatre para tomar um martini, que bem merece,
pois foi uma noite bem recheada de emoções. Aproveitou a ocasião para enviar um twitter de agradecimento a todos os colaboradores.



Catherine Zeta-Jones a caminho do palco para cantar e dançar
um número musical do filme «Chicago» que comemoro 10 anos de produção.




O melhor actor destes Oscar, Daniel Day-Lewis, ainda com a estatueta nas mãos
[é a 3ª que recebe] na companhia da sua grande amiga e grande dama do cinema
Meryl Streep, à conversa com uma amiga produtora.


Anne Hathaway e Jennifer Lawrence, ambas com as preciosas estatuetas recém recebidas, a conversarem muito animadas. Quem diria que a senhora da direita tem apenas 22 anos e já conquistou o Oscar de melhor actriz?


Foto dos grandes vencedores. Da esquerda para a direita:
Daniel Day Lewis, melhor actor
Jeniffer Lawrence, melhor actriz
Anne Hathaway, melhor actriz secundária
Christoff Waltz, melhor actor secundário


Adele, feliz vencedora da melhor canção original, na companhia da
compatriota Catherine Zeta-Jone e ao fundo o companheiro de trabalho da cantora.


O grande espalhanço de Jeniffer Lawrence, ao subir a escadaria
para receber o seu prémio de melhor actriz, com apenas 22 anos.
É o que dá não ter prática de usarem estes vestidos enormes e sapatos
que as coitadas nem se conseguem equilibrar.
 Isto. se tem acontecido com uma actriz de 60 anos,
dava direito a uma ida ao hospital.
Como foi com uma jovem, 2 minutos depois o
assunto estava esquecido.


Daniel Day-Lewis em 2013 no palco do Dolby Theatre, a receber a
ovação dos assistentes, todos de pé, pelo seu 3º Oscar.
Toda uma proeza que só alguns detêm no seu currículo.
Daniel Day-Lewis ao receber este terceiro Oscar
coloca-o na categoria de triplos vencedores ao lado de
Ingrid Bergman, Walter Brennan, Jack Nicholson e Meryl Streep.
 Katharine Hepburn é a recordista com quatro prémios.
Apenas 5 pessoas vivas detêm 3 prémios de Melhor Actor ou Actriz.
Fantástica proeza. Parabéns.


Em 1990 quando recebeu o seu primeiro Oscar por «Meu Pé Esquerdo»


Em 2007 quando recebeu o seu 2º Oscar por «Haverá Sangue».


Daniel Day-Lewis, muito emocionado, ao receber das mãos de Meryl Steep
o prémio de Melhor Actor, com o filme «Lincoln». Meryl Streep é uma das 5 pessoas
que também receberam por 3 vezes esta estatueta.
Estão ambos no mesmo panteão da glória. O cachet deve ter subido uma barbaridade. Merece.


Meryl Streep e Daniel Day-Lewis ao sairem do palco do Dolby Theatre.


Ainda sentado na primeira fila, Daniel Day-Lewis deu um beijo apaixonado
à sua mulher Rebecca Miller, ao ouvir Meryl Streep a anunciar o seu nome
como o grande vencedor da noite, da parte artística, claro. Está casado com
Rebecca Miller desde 1996. Isso mesmo: 17 anos de casados.
Toda uma enorme proeza neste meio tão pouco consistente com os afectos.
Rebecca Miler é filha do dramaturgo Arthur Miller e o casal tem 2 filhos:
o Ronan (1998) e o Cashel (2002). O actor tem um filho mais velho,
o Gabriel, nascido em 1995 (hoje, com 18 anos) de uma relação prolongada
com a actriz francesa Isabelle Adjani, com quem não se chegou a casar.


O casal Daniel Day-Lewis e Rebecca Miller, ainda na
fase do red carpet, antes de terem entrado no Dolby Theatre e sair de lá
como um magnífico vencedor.


Já se tornou uma tradição a festa dada por Elton Jones na noite dos
Oscares em Hollywood. Ter muito dinheiro e dar festas destas
não tem qualquer problema, tanto mais que ele conseguiu
transformar uma coisa tão fútil num evento de solidariedade.
A verdade é que ainda não consegui saber que instituição
está a ser apoiada este ano. mas o que chamou a atenção foi a
presença do filho de Elton Jones e do seu marido David Furnish, o bebé Zachary.
Que estará a pensar Bono ao ver um bebé numa festa destas?


.
.







Oscar 2013 - os vencedores



MELHOR FILME

Vencedor



«Argo»

O Óscar para melhor filme foi anunciado por Michelle Obama, que se juntou à cerimónia de Los Angeles a partir de Washington, num vídeo gravado. Amor ganhou como melhor filme estrangeiro. A 85.ª edição terminou sem um vencedor destacado, mas um derrotado claríssimo: 'Lincoln'.

«Argo» não foi nomeado para melhor realizador mas conquistou a estatueta mais desejada da noite, a de melhor filme. Depois de ter conquistado os Globos de Ouro, «Argo» triunfou e teve direito a anúncio da primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.

“Nunca pensei estar aqui”, disse o realizador, produtor e actor de «Argo»  “É uma honra estar aqui e ser nomeado com estes filmes. São oito grandes filmes e têm tanto direito a estar aqui como nós”, continuou Ben Affleck, agradecendo ainda à sua mulher, a actriz Jennifer Garner.

«Argo», filme sobre a crise dos reféns norte-americanos no Irão, estava nomeado em sete categorias e conquistou três prémios. Além de melhor filme, «Argo»  venceu o Óscar de melhor argumento adaptado e melhor montagem.

Nomeados




«Lincoln»


«Amor»


«A Vida de Pi»



«Beasts of the Southern Wild»



«Guia para um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


«00h30: Hora Negra » [«Zero Dark Thirty»]


«Django Libertado»


«Os Miseráveis»



O grande vencedor da noite foi, sem dúvida o apresentador Seth MacFarlane:
divertido, boa dicção [percebi tudo], falou para todo o mundo, sem americanismos cerrados,
jovial, elegante no trato e na forma, oportuno nas 'jokes', soube sempre manter-se
digno, mas descontraído e, para minha surpresa sabe cantar muito bem, sem desafinar.
Percebe-se facilmente que deve estar muito habituado a fazer 'standup comedy'.

Fui à procura de mais informações sobre ele:
Seth Woodbury MacFarlane é um actor, dublador, animador, roteirista/guionista, comediante, produtor, director e cantor estadunidense. Ele é mais conhecido por ser o criador da série de animação 'Family Guy', além de ser o co-criador dos programas de animação 'American Dad'.


O anfitrião da noite dos Óscares não perdeu tempo a captar a atenção de todas as estrelas presentes no Dolby Theatre. No habitual monólogo inicial da gala de Hollywood, o estreante Seth MacFarlane «gelou» a sala com um tema dedicado às atrizes que mostraram os seus seios no cinema.

«We Saw Your Boobs» («Nós Vimos As Vossas Mamas», numa tradução literal) teve reacção negativa de muitas das nomeadas no tema musical que, em plena gala, franziram o sobrolho à letra da música. Franziram o sobrolho mas esqueceram-se de olhar para os seus muito atrevidos decotes. Vi alguns sorrisos, o de Naomi Watts e o de Jennifer Lawrence.

Durante o monólogo de abertura da cerimónia dos Óscares, o actor William Shatner, faz de capitão Kirk («Star Trek»), surgiu num ecrã gigante a avisá-lo que Seth MacFarlane seria, por certo, candidato a pior apresentador dos Óscares com a sua prestação. Mas com o tema dedicado às atrizes de Hollywood que mostraram mais do que talento interpretativo, a noite estava já ganha para o apresentador.

Como sempre, a chamada crítica especializada, bateu em Seth MacFarlane, não por causa da canção das mamas, mas sim porque teve intervenções esporádicas. É inacreditável e um enorme descaramento considerar isso erro do apresentador, como se não houvesse um guião que tem que ser seguido ao milímetro e como se a quase centena de estrelas que passaram pelo palco para apresentarem os prémios não tivessem ocupado a maior fatia do tempo.

 Esta imprensa que foi de imediato seguida por alguma imprensa brasileira [exemplo máximo: Yahaoo], tem literalmente a vontade de destruir, pois devem pensar que assim é que captam leitores. São jornalistas e 'medias' tipo prima-donnas tontas e desactualizadas. Os organizadores e planificadores muito fazem para manterem viva uma cerimónia, já de si repetitiva, em um espectáculo relativamente que dura 3 horas e meia. E este ano, a cerimónia captou a atenção da faixa etária dos jovens que nos últimos anos se afastaram.

O «Oscar 2013» ficará marcado por esta piada às mamas.
Vivemos num mundo hipócrita: podemos ver os filmes onde grandes actrizes mostram as
suas mamas e considerar que são momentos de arte cinemotagráfica, mas...
falar publicamente dessas mesmas mamas, é de mau tom. Vá-se lá saber porquê.



MELHOR REALIZADOR / DIRETOR

Vencedor



«A Vida de Pi» - Ang Lee


A Vida de Pi, adaptação do best-seller de Yann Martel sobre o único sobrevivente de um naufrágio em alto mar, valeu a Ang Lee o Óscar de melhor realizador. Este é assim o segundo Óscar que o realizador recebe depois de em 2006 ter conquistado a Academia com O Segredo de Brokeback Mountain. Jane Fonda e Michael Douglas entregaram o Óscar.

“Obrigado por terem acreditado na história e por partilharem esta aventura comigo”, assim agradeceu o realizador.

Para trás ficaram Steven Spielberg (Lincoln), Michael Haneke (Amor), Benh Zeitlin (Bestas do Sul Selvagem) e David O. Russel (Guia Para Um Final Feliz).


Nomeados

«Amor» - Michael Haneke
«Lincoln» - Steven Spielberg
«Beasts of the Southern Wild» - Benh Zeitlin
«Guia Para Um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»] - David O. Russell





MELHOR ACTOR PRINCIPAL

Vencedor


Daniel Day-Lewis - «Lincoln»

Daniel Day-Lewis venceu o Óscar de melhor actor pelo seu papel em Lincoln. Depois do Globo de Ouro, o BAFTA, o sindicato de actores, os círculos de críticos, o Óscar. O actor que conquistou todos os prémios que antecedem os Óscares confirmou assim todas as apostas que o apontavam como o grande favorito deste ano.

Daniel Day-Lewis [Londres, 29 Abril 1957], ["Meu Pé Esqerdo" e "Haverá Sangue"] já tinha ganho dois Oscars e ao vencer este terceiro Oscar coloca-se na categoria dos raros triplos vencedores ao lado de Ingrid BergmanWalter BrennanJack Nicholson e Meryl StreepKatharine Hepburn é a recordista com quatro prémios.

Nomeados



Bradley Cooper - «Guia para um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


Joaquin Phoenix - «O Mentor» [«The Master»]


Denzel Washington - «Flight»


Hugh Jackman - «Os Miseráveis»


MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO

Vencedor


Cristoph Waltz - «Django Libertado»


Christoph Waltz, ou Dr. Schulz em Django Libertado, venceu o Óscar de melhor actor secundário. Esta é assim a segunda estatueta do austríaco, depois de já em 2010 ter sido premiado na mesma categoria também com um filme de Quentin Tarantino, Sacanas Sem Lei.

Não me esquecerei tão cedo como este elegante austríaco começou os seus agradecimentos: «Mr Arkin, Mr DeNiro, Mr Hoffman, Mr Lee Jones, my respect.» olhando para cada um e fazendo uma vénia no final. Apeteceu-me aplaudir esta velha Europa que, quando quer, sabe estar. Mas como estava só em frente à televisão, apenas fiz um sorriso rasgado.

O actor, que se destacou pelo seu papel no western spaghetti que conta a história de um escravo libertado em busca de vingança nos Estados Unidos do pós-Guerra Civil, já tinha sido premiado nos Globos de Ouro e nos BAFTA. Waltz era por isso apontado como o grande favorito, confirmando as apostas para a primeira estatueta entregue pela Academia.

Visivelmente emocionado, o actor agradeceu a Tarantino e ao seu colega de aventura, Jamie Foxx. "Tu escalaste a montanha porque não tiveste medo", disse Waltz a Tarantino.

Nomeados nesta categoria estavam Alan Arkin (Argo), Robert de Niro (Guia Para Um Final Feliz), Philip Seymour Hoffman (O Mentor) e Tommy Lee Jones (Lincoln).



Nomeados


Philip Seymour Hoffman - «O Mentor» [«The Master»]


Robert DeNiro - «Guia Para Um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


Alan Arkin - «Argo»


Tommy Lee Jones - «Lincoln»


MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL

Vencedor


Jennifer Lawrence - «Guia para um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


"Isto é uma loucura", disse Jennifer Lawrence quando subiu ao palco do Dolby Theatre, neste domingo à noite, dia 24 Fevereiro 2013. E muitos terão pensado o mesmo quando ouviram o nome da jovem actriz de 22 anos ser anunciado como a vencedora do Óscar para melhor actriz, batendo a francesa – e aniversariante – Emmanuelle Riva.

A protagonista de Amor celebra neste domingo 86 anos e muitos esperavam que Hollywood coroasse o singular percurso que Emmanuelle Riva fez com o filme de Michael Haneke, mas sobretudo as seis décadas de trabalho da actriz. Mas não foi o que aconteceu.

A ninfomaníaca em recuperação que Jennifer Lawrence desempenhou em Guia para Um Final Feliz, de David O. Russell, acabou por valer à jovem actriz a estatueta dourada. Jennifer Lawrence deixou para trás Jessica Chastain (00h30: A Hora Negra), Quvenzhané Wallis (Bestas do Sul Selvagem) e Naomi Watts (O Impossível).

Este é o primeiro Óscar de Jennifer Lawrence – que no passado trabalhou em Os Jogos da Fome, X-Men: O Início ou Despojos de Inverno –, que, depois de cair a subir ao palco, deu os parabéns a Emmanuelle Riva nos agradecimentos.

A partir de hoje o cachet desta jovem dispara de uns moderados milhão e meio de dólares para uns estonteantes oito a dez milhões de dólares. Carreira feita, se tiver juízo e bons conselheiros.

Nomeados



Jessica Chastain - «00h30: Hora Negra» [«Zero Dark Thirty»]


Naomi Watts - «The Impossible»


Emmanuelle Riva - «Amor» [nos seus brilhantes 85 anos]


Quvenzhané Wallis - «Beasts of the Southern Wild»


MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA

Vencedor


Anne Hathaway - «Os Miseráveis»

A actriz de Os Miseráveis venceu o Óscar de melhor actriz secundária. Anne Hathaway já tinha vencido o Globo de Ouro na mesma categoria. À segunda nomeação para os prémios da Academia, a actriz vence a estatueta. Hathaway foi nomeada pela primeira vez em 2008, na categoria de melhor actriz, pelo seu papel em O Casamento de Rachel.

Christopher Plummer, que no ano passado venceu o Óscar de melhor actor secundário, foi quem entregou a estatueta à actriz.

“Tornou-se real.” Foram as primeiras palavras de Anne Hathaway, de 30 anos, ao receber o Óscar, mostrando-se honrada por estar nomeada ao lado de Amy Adams (O Mentor), Sally Field (Lincoln), Helen Junt (Seis Sessões) e Jacki Weaver (Guia Para Um Final Feliz).

Em Os Miseráveis  a adaptação musical de Tom Hooper do clássico de Victor Hugo, Anne Hathaway é Fantine, uma mãe solteira despedida injustamente da fábrica de Jean Valjean (Hugh Jackman) e que acaba marginalizada.

Além do Globo de Ouro, a actriz conquistou grande parte da crítica, tendo arrecado o prémio de melhor actriz secundária nos principais círculos, de Nova Iorque a Los Angeles, Las Vegas, Denver, Londres ou Toronto. O sindicato de actores norte-americanos também premiou Hathaway na mesma categoria, assim como os britânicos BAFTA.


Nomeados


Amy Adams - «O Mentor» [«The Master»]


Sally Field - «Lincoln»


Helen Hunt - «The Sessions»


Jacki Weaver - «Guia para um Final Feliz» [«Silver Linings Playbook»]


MELHOR FOTOGRAFIA

Vencedor

«A Vida de Pi» - Claudio Miranda

Nomeados
«Anna Karenina» - Seamus McGarvey
«Django Libertado» - Robert Richardson
«Lincoln» - Janusz Kaminski
«Skyfall» - Roger Deakins


MELHOR GUARDA-ROUPA

Vencedor

«Anna Karenina» - Jacqueline Durran

Nomeados

«Os Miseráveis» - Paco Delgado
«Lincoln» - Joanna Johnston
«Mirror Mirror» - Eiko Ishioka
«A Branca de Neve e o Caçador» - Colleen Atwood


MELHOR FILME ESTRANGEIRO

Vencedor




«Amor», Austria



Depois de conquistar a crítica e os prémios que antecedem os Óscares, a longa-metragem do austríaco Michael Haneke recebeu o Óscar de melhor filme estrangeiro.

Amor, que se estreou no ano passado em Cannes, onde venceu a Palma de Ouro, retrata a vida de um casal na terceira idade, que se vê obrigado a mudar de vida depois de Anne (Emmanuelle Riva) sofrer um acidente cardiovascular.

Ao receber o Óscar, Haneke agradeceu à equipa, à mulher e aos actores do filme. “Sem eles nunca estaria aqui”, disse o realizador, que ainda na sexta-feira brilhou na entrega dos prémios César, considerados os Óscares do cinema francês, ao vencer nas principais categorias.

Amor está nomeado em cinco categorias, incluindo a de melhor filme. Michael Haneke pode conquistar a estatueta de melhor realizador.




Nomeados


«Kon-Tiki», Noruega


«No», Chile


«A Royal Affair», Dinamarca


«War Witch», Canadá


MELHOR MÚSICA [canção original]

Vencedor


«Skyfall», do filme «Skyfall», música e letra de Adele Adkins e Paul Epworth

Nomeados

«Before My Time», «Chasing Ice», música e letra de J. Ralph
«Everybody Needs A Best Friend», «Ted», música de Walter Murphy letra de Seth MacFarlane
«Pi's Lullaby», «A Vida de Pi», música de Mychael Dannae letra de Bombay Jayashri
«Suddenly», «Os Miseráveis», música de Claude-Michel Schönberg e letra de Herbert Kretzmer e Alain Boublil


MELHOR BANDA SONORA

Vencedor

«A Vida de Pi»

Nomeados

«Anna Karenina»
«Argo»
«Lincoln»
«Skyfall»


MELHOR FOTOGRAFIA

Vencedor

«A vida de Pi»

Nomeados

«Anna Karenina»
«Django Libertado»
«A vida de Pi»
«Lincoln»
«Skyfall»

MELHOR PRODUÇÃO ARTÍSTICA

Vencedor

«Lincoln»

Nomeados

«Anna Karenina»
«O Hobbit: Uma Viagem Inesperada»
«Os Miseráveis»
«A Vida de Pi»
«Lincoln»


MELHORES EFEITOS ESPECIAIS

Vencedor

«A Vida de Pi»

Nomeados

«Hobbit - Uma Viagem Inesquecível»
«Os Vingadores»
«Prometheus»
«A Branca de Neve e o Caçador»


FOTOS DAS CELEBRIDADES 
PRESENTES NO RED CARPET DOS OSCAR 2013
QUE FUNCIONARAM COMO 'HOSTS' EM
REPRESENTAÇÃO DA ABC, A ESTAÇÃO DE TELEVISÃO
TRANSMISSORA MUNDIAL DO EVENTO.

Kelly Rowland 
Zoe Saldana
Octavia Spencer

Robin Roberts, pivô do Good Morning America

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